Escrever um blog
Desde que eu tinha sei lá quantos anos eu penso em escrever um blog.
Na verdade, não só penso... mas é meio constrangedor contar que já tive uns 3 blogs sobre meus poemas mal feitos, meu gosto nerd pra filmes e sobre curiosidades que eu pesquisava e postava aleatoriamente [tipo a vez que eu escrevi sobre ratos (?????)]. Acho ainda mais vergonhoso que mesmo depois de ter amadurecido, entre muitas aspas, eu continuo usando praticamente o mesmo nome de blog (se está pensando em pesquisar meus blogs antigos, tire o cavalinho da chuva, não vai encontrar... ou vai?)
Agora são 00:16 de uma segunda-feira... ou terça-feira, no caso. Odeio isso de dizer que já é outro dia a meia-noite, nem é dia ainda, caramba.
Estou deitada de bruços na cama, tossindo. Ontem foi o ENEM. Segundo dia. Foi horrível. Nunca me senti tão burra na vida, mas acho que esses meus sentimentos de estudantes conturbada e traumatizada terminando o ensino médio ficarão para outro post.
Voltando ao assunto dos blogs. Pra que eles existem? As pessoas mal dão valor a sites hoje em dia... hoje é tudo tiktok, twitter (não, nunca vou chamar de X, pode parar) e etc e tal. Ninguém mais para quieto pra ler um textão. Quer dizer, só quem ou é obrigado ou gosta de ler.
Eu amo ler, mas duvido que eu estaria perdendo o meu tempo lendo um texto sobre blogs, feito por uma menina de 18 anos em plena terça-feira meia-noite. Mas você está... por que?
Escrevo isso com o pensamento de que ninguém lerá, sendo bem honesta. Duvido que algum dia eu mostre isso pra alguém. Mas estou me sentindo bem escrevendo de novo.
Eu desisti dos meus outros blogs por um simples motivo: preguiça de encontrar coisas pra falar. Mas eu percebi agora que se eu falar de mim, sempre terá assunto!
Ou não...
Bom, na teoria era pro assunto nunca ter fim, porque mesmo eu não sendo a pessoa mais aventureira, mais vivida, mais rolezeira (ainda utilizam essa palavra?), eu ainda tenho bastante coisa pra falar sobre mim. Mas, vendo a realidade, eu nunca consegui escrever um diário seriamente.
Claro que eu já tive um diário. Vários. Mas eu nunca consegui ter um diário e escrever todos os dias. E mais ainda: nunca escrevi sobre meus sentimentos [principalmente, amorosos (não eram bem amorosos, já que eu era criança, mas enfim)].
Provavelmente eu tinha medo de que pegassem meu diário e descobrissem meus segredos ocultos. Segredos esses que nem eu sabia... sempre fui meio enganadora comigo mesma.
Digo que to bem quando to mal digo que to mal quando to bem. É uma confusão.
Mas... de novo... perdi o foco.
BLOG! Isso! Da próxima vez vê se me corta e me lembra do que era pra eu estar falando.
Eu não sei se vou abandonar esse blog como fiz com os outros. Ou se vou desistir como fiz com os diários. Mas estou bem feliz. Escrever sempre me deixou feliz. E faz um tempo que não sinto prazer na escrita. A escrita virou algo tão... banal. Redações chatas de ENEM, mensagens de texto, comentários no tiktok... além do tempo, né? Não tive tempo pra nada e, quando tinha, eu preferia ficar vendo vídeos mesmo.
Mas pense como é estranho para uma pessoa que amava escrever, parar com o celular aberto no notas e não conseguir escrever nada. É como se as palavras, as cenas, as cores, estivessem todas ali, no cérebro, esperando que os dedos digitem, escrevam, traduzam aquelas histórias. Mas nada acontecia.
E agora... talvez depois desse ano caótico, confuso, feliz e triste, de despedidas e de encontros (não românticos, eca)... talvez eu volte a escrever histórias.
Além de, claro, começar a escrever a minha própria.
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